Acredito ter uma solução para as questões ambientais que tingem de
negro o horizonte do nosso planeta. A estatura média do ser humano atual,
segundo a O.M.S., é de aproximadamente 1,76 ms, e esse número tende a aumentar
por razões que transcendem esse meu inspirado comentário. Por que, inibindo os
hormônios de crescimento e ativando os genes do nanismo, não reduzimos a
estatura do ser humano? É possível hoje reduzir em dois terços a estatura média
de uma população, algo em torno de 60 centímetros (quem viu os filmes de Austin
Power, deve se lembrar do simpático e escatológico anão Mini-mim!) e essa redução
pode ser ainda maior com mais pesquisas genéticas. Imaginem as conseqüências
ambientais de um mundo assim: Um balde de água daria para se banhar oito
franceses, um fusca levaria quinze sacoleiros (com muamba incluída) ao Paraguai
e um omelete com dois ovos de codorna não faria feio em nenhuma mesa! A
miniaturização seria gradual (em cinco ou seis gerações) para dar tempo ás
necessárias adaptações. Quem não se enquadrasse no programa seria estigmatizado
e as poucas vantagens de uma estatura maior seriam anuladas pelas dificuldades
encontradas, como achar um sapato, comer em um pires, entrar de cócoras no
elevador, etc. Com pequenas adaptações, resolveríamos o déficit ambiental,
duplicando nossas casas, construindo mezaninos ou “batendo uma laje” à meia
altura do pé direito da sala. Os pobres, em vez de “puxadinho” fariam um
“encolhidinho” a ceia de natal, um “arrumadinho” e todas as dores do
hipocondríaco seriam curadas com um único “Melhoral”. Seríamos, para as
vindouras gerações, os seus míticos antepassados, os gigantes e titãs com os
quais nossos genealogistas sonharam (imagino u’a mãe assustando um filho
levado: “dorme, senão chamo um gabiru pra lhe pegar!”). Eu mesmo me exulto ao
imaginar um bisneto com cara de Atchim, Dunga ou Zangado. É verdade que
alguns destes liliputianos deveriam ser mais liliputianos do que os outros,
afinal, sem homens baixinhos não haveria complexados, e sem complexados, de que
viveriam os psicólogos e os fabricantes de armas? Também seria extinta,
da nossa já malfadada língua, simpáticos e jocosos epítetos tais como: projeto
de homem, tamborete de puta, anão de jardim, etc, como também pérolas da
sabedoria do tipo: os grandes perfumes se encontram em pequenos frascos!”.
Mantenhamos portanto a diversidade, mas sigamos firmes neste sonho. Copérnico
tirou dos homens o centro do universo, Darwin chamou nossa avó de macaca, Freud
reduziu todo o espírito ao desejo sublimado de se fazer um calamengau... Vamos
continuar abaixando o ser humano até ele chegar na boquinha da garrafa! DESCE...DESCE,
ORDINÁRIO!!!"
domingo, 3 de abril de 2022
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