Drª
Gessy Carvalhal era uma bem sucedida médica dermatologista em Vitória
da Conquista, no interior da Bahia.
Professora universitária e sempre lembrada na composição do secretariado por qualquer novo prefeito que fosse eleito, ela gozava de um renomado prestígio que, quanto maior ficava, mais era ameaçado pelo vício secreto que lhe corroía a alma. Drª Gessy era uma inveterada ninfomaníaca! Todo fim-de-semana, com a desculpa de ir ver sua filha que estudava em Salvador, ela embarcava em um avião às sextas-feiras e, nessa mesma noite, após encher os cornos de birinaitis e cravinho nos becos sórdidos do Pelourinho, se dirigia à uma sauna para cavalheiros em Ondina, um bairro de putas chiques, e ali, usando uma peruca vermelha e excessiva maquiagem, que a tornava irreconhecível por algum conterrâneo que por lá passasse, entregava-se a mais desbragada prostituição. Fingia tão bem que se prostituía por dinheiro e não por mania que era capaz de usar um bisturi, sempre dento da sua bolsa, se algum cliente tentasse lhe dar um calote. Mas não tentavam. Pagavam direitinho. A doutora era gostosa! Muito da gostosa! Faziam fila para comê-la no corredor discreto e aveludado da sauna. Quanto mais a fodiam, mais Gessy ficava insaciável. Quando os clientes acabavam, na madrugada de um sábado para domingo, ela saía desvairada em direção às boates da Rua Carlos Gomes, indo encontrar o dia – que nascia rubro de vergonha com sua devassidão - em algum puteiro de Coutos, onde caminhoneiros e estivadores solapavam suas carnes com grossas mãos e hálito escabroso de conhaque.
Professora universitária e sempre lembrada na composição do secretariado por qualquer novo prefeito que fosse eleito, ela gozava de um renomado prestígio que, quanto maior ficava, mais era ameaçado pelo vício secreto que lhe corroía a alma. Drª Gessy era uma inveterada ninfomaníaca! Todo fim-de-semana, com a desculpa de ir ver sua filha que estudava em Salvador, ela embarcava em um avião às sextas-feiras e, nessa mesma noite, após encher os cornos de birinaitis e cravinho nos becos sórdidos do Pelourinho, se dirigia à uma sauna para cavalheiros em Ondina, um bairro de putas chiques, e ali, usando uma peruca vermelha e excessiva maquiagem, que a tornava irreconhecível por algum conterrâneo que por lá passasse, entregava-se a mais desbragada prostituição. Fingia tão bem que se prostituía por dinheiro e não por mania que era capaz de usar um bisturi, sempre dento da sua bolsa, se algum cliente tentasse lhe dar um calote. Mas não tentavam. Pagavam direitinho. A doutora era gostosa! Muito da gostosa! Faziam fila para comê-la no corredor discreto e aveludado da sauna. Quanto mais a fodiam, mais Gessy ficava insaciável. Quando os clientes acabavam, na madrugada de um sábado para domingo, ela saía desvairada em direção às boates da Rua Carlos Gomes, indo encontrar o dia – que nascia rubro de vergonha com sua devassidão - em algum puteiro de Coutos, onde caminhoneiros e estivadores solapavam suas carnes com grossas mãos e hálito escabroso de conhaque.
Voltava para
Conquista no domingo à noite, com o corpo todo dolorido e a alma
torturada de remorsos. Era a própria imagem da depressão quem saltava no
aeroporto jurando para si mesmo que essa tinha sido a última vez a que
se entregava às loucuras da carne. Não era. Nunca foi. Durante os três
anos em que fui seu psicanalista, e muito tempo antes, essa era a sua
implacável rotina. Parecia uma santa durante a semana, mas, à medida que
ia chegando a sexta-feira, sua mente começava a ferver com a ideia do
que ela era capaz de fazer, e fatalmente o faria! Gessy Carvalhal
abandonou o meu consultório quando percebeu que eu nunca iria curá-la da
sua mania, pois, como todo psicanalista cretino, meu papel era fazer
com que ela esquecesse essa culpa que a torturava e assumisse mesmo ser
uma grandessíssima putana! Pensava eu que esse remorso medonho era outra
forma de “jouissance”, de prazer por ela concedido ao superego que
também queria gozar, invejoso da vagina ominosa e voraz a levar fumo
madrugadas à dentro (bota à dentro nisso). Invaginem, ops, digo,
imaginem então a minha surpresa quando soube, anos mais tarde, como ela
se libertou desse remorso medonho com um estratagema tão insosso que
repugnaria qualquer intelectual registrá-lo nos anais. Uma ocasião, após
voltar de uma orgia com dois travestis e um taxista torcedor do Bahia,
bêbada como um cotonete de pobre que todo mundo enfia no ouvido, Drª
Gessy desmarcou as consultas e viajou para Itambé, onde havia sido
criada, e lá passou o dia em companhia da sua antiga babá, Maria do
Sossego. Ficava a remoer lembranças da sua infância como se buscasse,
nela, a inocência que não volta nunca mais. Tomou coragem e contou para a
sua idosa babá tudo o que ela fazia nessas viagens à Salvador. Ora, não
sabia Gessy que, tão logo seus pais se mudaram e ela crescera, Maria do
Sossego se entregou à prostituição (essa, por necessidade, e não por
vício) e viveu duas décadas em cabarés e lupanares em beira de estrada
por toda a região sudoeste. Era, portanto, uma expert! Gessy lhe contou
que todo o seu sofrimento era o de terminar de trepar com um cliente e
não encontrando nele um algo inexplicável que procurava (não pense que
era o amor, românticos idiotas; era um “Nec plus ultra” de fumo que ela
buscava!), ela ia enlouquecida atrás de outro, e outro, e outro... Até
se deitar com o último e então dormir um pesado e mórbido sono sem
sonhos. Quando acordava, além da ressaca da bebida, uma ressaca moral
sinistra devorava sua alma, feito um anjo negro a cobrar-lhe o preço do
pecado.
_ Então, minha filhinha ta me dizendo que os problemas começam após se deitar com esse último? Depois dele é que vem a vergonha e as dores de cabeça? – Maria do Sossego perguntou-lhe pausadamente, pitando seu cachimbo de imburana.
_ Sim, Dinda! De certa forma, é assim mesmo! Depois que durmo com o último, é que vem a rebordosa!
_ Ora, minha filha! É simples você driblar isso. Nunca durma com o último! Durma com o penúltimo e depois vá dormir! Quando acordar, pule logo da sua cama, lave bem lavada sua xereca, e vá trepar com o último ( o primeiro que você achar), sem dar tempo a essa consciência invejosa de lhe torturar!
Resumo da ópera: Drª Gessy Carvalhal continua uma
puta inclassificável (trabalha ali no centro médico da rua Otávio
Santos, aqui em Vitória da Conquista). Viaja todo fim-de-semana para se
esfalfar em Salvador e usa sempre desse perfunctório ardil para driblar
sua consciência moral. Muito superficial esse recurso, me acusarão os
leitores, mas não se esqueçam de que ela era dermatologista e, segundo
Paul Valery, “o mais profundo é a pele”!
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