LA VIE EN ROSE - Fairy Tale in the Chapada Diamantina He ran the last years of the last century, when I traveled alone to
the Chapada Diamantina and got lost near the town of Maracas, in search of a shortcut that
shortened my journey. It was a moonlit night sky and the pallor of the interior
was more moving than you can imagine (I think was why I lost!). In this
enchanted ceiling, summed up the image of vast rose gardens on both sides of
the road that would make the fame of the place as the largest producer of
flowers in the state. I stopped the car on the shoulder and viewed the
flowering valleys bathed in moonlight opaline. Within seconds, the smell of gas has
dissipated and the scent of roses esoteric virginal my wavering sense of
reality. I locked the car and walked away not knowing what to look for (when
not believe that something was pulling me). It was dawn and roses seemed
inflated by ethereal dew that distilled liqueur night. I followed a trail that
led me to a small makeshift hut on the banks of a babbling brook. Certainly it
was a ranch where the farmers rested, I thought. No one was inside and I turned
around when I heard soft footsteps on the grass. Our lanterns measured forces
in the darkness and my beat. With a basket and a fishing rod, as if to leave
one of these antique prints inns in the interior, a young woman
was trying to see through the blinding
beam. There seemed to be afraid, though I could hear a heart thundering nearby.
I apologized and introduced myself. I
was lost. I wanted to return to the
BR-242 .... She, in a manner ineffable, seemed to take me seriously. He showed
me smiling fish fishing and invited me to come. His eyes seemed to know me in
the deepest superficiality that is my way of being. I obeyed and was soon
treating the fish as she blew the fire filling the air with shimmering sparks.
I do not remember anything that spoke during the dinner, I heard nothing, as if
made of a trauma sweet the hours I spent with her. Like a fish in his net, so I
was in your arms on the mattress of straw with the poignant feeling of being at
last, alive and awake, because no dream - at least to unimaginative men like me
- could be so intense and perfect. I know all the poetry and the veneration I
have pink and red roses for purchase that night with the sweet peasant while my
soul is lost in her hair. It was almost day, already sensed the pallor of dawn,
when a deep sleep fell upon me. Without the strength to wake up, I hear her say
with a voice coming from other stars:
_ An evil wizard has imprisoned me here!
I am a woman at night, but during the day I turn into a rose among thousands of
roses in the valley of my pain. Only a man who truly loves me will know
recognize me among many others. If I am taken by him during the first rays of
sunshine, the charm is broken and I will be forever his.
I did not sleep, but I must have been
immobilized for a long slumber and strange inky darkness. When he finally
awoke, the day awakened me and dim light of morning has spread across the
valley. I ran to the front of the hut and opened up a rose garden without end.
Rather die than think it was all a dream. made a fool wandered among the piles,
looking at the roses one by one as a face flushed with love could sprout in
their petals and return my fairy peasant. The first ray of the sun projected a
coruscating I thought: 'All roses should be moist with the dew that had fallen
overnight, but my Rose, whose dew protect my arms all night. Rose should be the
only pink Dry around the rose garden. " Not Reviewed and very soon I saw
the end of a twig, a flower lean, without a single drop petals, while all
around kept the liquor cloudy in the evening. I reached out and plucked. Rose's
face appeared to me the size of a cloud and his eyes seemed to cry all the dew
in the world. I heard his unforgettable voice say: "You cheated! Used the
mind and not the heart! His love is that I should recognize and not the
monstrous logic!"
I saw everything dark. I woke up sweating
in the car off the road, with the noise of a truck convoy. I thought for a
moment have had a fantastic dream, but to start the car, I realized that my
fingers had a red rose is still wet and steamy tears of nostalgic! I put it
between the pages of a voluminous novel by Thomas Hardy, the top of my library.
Every year on June 12, when magic happened this episode in my dull life, I sit
in front of the book, open a bottle of wine and drink without the pinkish
liquid courage to open the petals of a dream etiolated sleeping at the bottom
of my lonely soul.
Corria os últimos anos do século passado, quando viajei sozinho para a
Chapada Diamantina e me perdi próximo à cidade de Maracás, em busca de
um atalho que abreviasse minha jornada. Era uma noite de luar e o céu do
sertão tinha o palor mais comovente que se possa imaginar (penso ter
sido por isso que me perdi!). A este teto encantado, somava-se a imagem
de vastos roseirais nos dois lados da estrada que iriam fazer a fama do
local como o maior produtor de flores do estado. Parei o carro no
encostamento e contemplei os vales floridos banhados pela opalina luz do
luar. Em segundos, o cheiro da gasolina dissipou-se e um aroma
esotérico de rosas virginais fez vacilar meu sentido de realidade.
Tranquei o carro e saí andando sem saber direito o que buscar (na hora
não acreditaria que algo estivesse me atraindo). Era madrugada e as
rosas pareciam infladas pelo orvalho etéreo que a licorosa noite
destilava. Segui uma trilha que me levou a um pequeno barraco
improvisado nas margens de um murmurante riacho. Certamente era um
rancho onde descansavam os cultivadores, pensei. Não havia ninguém
dentro dele e fiz meia volta quando ouvi passos suaves sobre a relva.
Nossas lanternas mediram forças na escuridão e a minha venceu.
Com um
cesto e uma vara de pescar, como se saísse de uma dessas gravuras
antigas em pousadas do interior, uma jovem tentava me ver por entre o
facho ofuscante. Não parecia ter medo, embora eu pudesse ouvir ali perto
um coração retumbante. Pedi desculpas e me apresentei. Estava perdido.
Queria voltar à BR-242.... Ela, de um modo inexprimível, pareceu não me
levar a sério. Mostrou-me sorridente os peixes que pescara e me convidou
a entrar. Seus olhos pareciam me conhecer na mais profunda
superficialidade que é o meu jeito de ser. Obedeci e logo estava
tratando os peixes enquanto ela soprava o fogo enchendo o ar de
cintilantes centelhas. Não me recordo de nada que falei durante o
jantar, de nada que ouvi, como se feitas de um trauma doce as horas que
com ela eu passei. Como um peixe em sua rede, logo eu estava em seus
braços no colchão de palha com a pungente sensação de estar, enfim, vivo
e acordado, pois nenhum sonho – pelo menos em homens sem imaginação
como eu – poderia ser tão intenso e perfeito. Toda a poesia que sei e a
veneração que tenho pelas rosas róseas e vermelhas adquiri naquela noite
com a doce camponesa enquanto minha alma se perdia nos seus cabelos.
Era quase dia, já se pressentia o palor da aurora, quando um sono pesado
sobre mim se abateu. Sem ter mais forças para acordar, ouvir ela me
dizer com uma voz vinda de outras estrelas:
_ Um mago perverso me
aprisionou aqui! Sou mulher à noite, mas durante o dia me transformo em
uma rosa entre milhares de rosas neste vale da minha dor. Somente um
homem que me ame de verdade saberá me reconhecer entre tantas outras. Se
eu for colhida por ele durante os primeiros raios de sol, o encanto
será quebrado e para sempre sua serei.
Não dormi, mas devo ter
ficado muito tempo imobilizado por um estranho torpor e retinta
escuridão. Quando finalmente despertei, o dia despertava comigo e a luz
baça da manhã já se espalhava pelo vale. Corri para frente do barraco e
descortinei o roseiral sem fim. Preferia morrer a pensar que tudo tinha
sido um sonho. vaguei feito um pateta entre as leiras, olhando as rosas
uma por uma como se um rosto afogueado de amor pudesse brotar em suas
pétalas e devolver a minha feérica camponesa. O primeiro raio do sol
projetou-me um coruscante pensamento: "Todas as rosas deveriam estar
úmidas do orvalho que caíra durante a madrugada, menos a minha Rosa, de
cujo orvalho meus braços a protegeu por toda a noite. Rosa deveria ser a
única rosa seca em todo o roseiral". Não revistei muito e logo vi na
extremidade de um galho, uma flor enxuta, sem uma única gota nas
pétalas, enquanto todas ao redor guardavam o enevoado licor da noite.
Estendi o braço e a colhi.
O rosto de Rosa me apareceu do tamanho de uma
nuvem e seus olhos pareciam chorar todo o orvalho do mundo. Ouvi sua
voz inesquecível me dizer: " Você trapaceou! Usou a mente e não o
coração! Seu amor é que deveria me reconhecer e não a sua monstruosa
lógica!"
Vi tudo escurecer. Acordei suando dentro do carro, no
acostamento da estrada, com o ruído de um comboio de caminhões.
Acreditei por um instante ter tido um fantástico sonho, mas, ao ligar o
carro, percebi que tinha entre meus dedos uma rosa vermelha ainda úmida
de dolentes e vaporosas lágrimas! Guardei-a entre as páginas de um
volumoso romance de Thomas Hardy, no alto da minha biblioteca. Todos os
anos, no dia doze de junho, quando aconteceu esse episódio mágico em
minha embotada vida, sento-me em frente ao livro, abro uma garrafa de
vinho e bebo o líquido rosáceo sem coragem de abrir as pétalas
estioladas de um sonho que dorme no fundo da minha alma solitária.
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