sábado, 2 de abril de 2011

Apontamentos de Levi-Strauss

Apontamentos de Levi-Strauss Jocosa reflexão sobre os japoneses que irão morrer em breve após conseguirem conter - com suas vidas - a radiação dos reatores!

Confiram estes dois exemplos de comportamento étnico e vejam se acertei na conclusão:

ALMA DE SAMURAI - No antigo Japão medieval, no período do "shogunato"( séculos XlV - XVl ), três batedores de um exército em campanha trilhavam o alto de uma colina à procura do acampamento inimigo quando foram surpreendidos pelo clamor de uma batalha. Voltaram-se e viram na distante planície os seus companheiros surpreendidos pelo numeroso exército inimigo. Os três batedores partiram em desesperada velocidade e, percebendo que não chegariam a tempo de participar da sangrenta batalha, sacaram de suas providenciais espadas. Com elas abriram as entranhas morrendo todos em questão de segundos. Não se suicidaram por desespero, como um moderno ocidental poderia julgar. Segundo as crenças e a ética dos samurais, eles se mataram porque, se o corpo vagaroso não chegaria a tempo, o espírito desencarnado poderia voar até o campo de batalha, enfrentar o inimigo e exortar o ânimo dos seus camaradas. O anônimo cronista deste episódio acrescenta que, logo após o suicídio dos batedores samurais, um frêmito de entusiasmo percorreu como uma onda o exército acossado que, apesar da inferioridade numérica, escreveu com o sangue do invasor sobre a neve branca, o destino daquela batalha!
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CASO DE ONÇA - Certa vez saíram para caçar perdiz Firmino e Braulino. Os cães deram com uma jaguatirica e acuaram a bichana num galho de um Angelim. Os dois magrelos, quase do mesmo calibre de suas espingardas 22, se entocaram numa loca de enxurrada esperando um desfecho milagroso. Ouvindo os cães latir e os ganidos que davam aos tapas da onça, Firmino, mais corajoso e apegado aos animar , chamava Braulino para enfrentar a escabrosa:
_Vumbora, Braulino! Tão matando Ferrolho!
_Hum! vou não! - negaceava o cabra apavorado!
_ Vumbora, homem de Deus, ó os gemidos de Corneta!
_ Hum! Vou não! - repetia segurando os braços de Firmino!
Desesperado no aperto dos perdigueiros, Firmino toma uma decisão inopinada:
_ Quer saber de uma, Braulino? Eu vou e tu fica!Mais branco que pau-de-leite, Braulino agarra o companheiro e resmunga:_ Hum! NUM VOU E NUM FICO!


Lendo estes dois episódios podemos concluir: Enquanto um Samurai, por excesso de bravura, fica e vai..., o baiano do recôncavo, por escassez da mesma, NEM VAI E NEM FICA!
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