terça-feira, 21 de abril de 2015
Related Posts
O ALQUIMISTA
Fui ontem tomar café na fazenda de Valter Viana, famoso pelo "café de Jacu", feito com frutos selecionados por essa ave que os conhece com ...O AMIGO DA SABEDORIA!
Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE ...HISTÓRIA VINDOURA DA ETERNIDADE.
Façamos uma rápida reflexão sobre a natureza do tempo, sobre suas três dimensões conhecidas, o passado, o presente e o futuro. O ...BORGES E O ANEL DE SALOMÃO.
Quando conheci J. L. Borges, não esperava compartilhar a copiosa coleção de imagens com as quais ele carimbava seus livros imortais. O tempo er ...E NO OUROBOROS NÃO VAI NADA?
Lendo a obra do Cientista Stephen La berge, da universidade de Palo Alto, Pasadena-Ca. Ele fala-nos da freqüência ...
Assinar:
Postar comentários
(
Atom
)
1 comentários :
Simonides de Ceos dizia: “A pintura é poesia muda; a poesia é pintura falada!” Mas do que um primoroso jogo de palavras, Simonides estava com esse epigrama tentando definir o estatuto da memória conforme ele a concebia: a poesia é pintura falada por que retrata cenas épicas já ocorridas, no passado, e as representa, faz de novo aparecer as imagens como lembranças. A pintura é sempre presente no ato de percebê-las. Por sua vez, a pintura é poesia falada por que o sentido das cenas pintadas é dado pelas narrativas antigas, pela poesia muda e relembrada ao perceber a cena pintada. Vemos que o autor não separa as lembranças do contexto oral. A lembrança fala na pintura e na poesia. A memória é para ele um instrumento da linguagem, contra seus contemporâneos que faziam da memória um instrumento do espiritual, uma meditação não reclamada. Há um episódio lendário que ilustra o uso da memória para fins persuasivos e pragmáticos, o episódio do banquete em que os gêmeos Castor e Pollux o salva de um desastre, e sua memória é usada para identificar os corpos das vítimas desfiguradas. Com licença poética, usei essa lenda e a adaptei para Homero, menos para confundir, mais para reforçar a tese de que Homero também era tributário dessa mnemotécnica inventada por Simonides, embora Homero tenha entrado para os anais como um poeta inspirado, um cego que ouviu a musa lhe revelar as suas fabulosas tessituras literárias. A musa de Homero era uma poetisa muda, enquanto a técnica de Simonides era uma pintura que falava!
Postar um comentário